terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A CENSURA NO TEMPO DO GIBI DOS TRAPALHÕES






Em 2005 comecei a trocar e-mails com Marcus Ramone do Universo HQ, ele queria fazer uma materia especial sobre a fase dos Trapalhões produzida pelo Estudio Ely Barbosa, passei seu contato pro Ramone e, em 2009, foi ao ar um belo especial sobre este Gibi que marcou o inicio da minha carreira (1980 a 1982, quando passei a fazer charges para o Movimento Sindical). Na verdade, o inicio havia sido um ano antes (1979), quando fui assistente do MegaSuper-Artista Eduardo Vetillo (que desenhava HQs esplendorosas de Jana das Selvas para Aventuras HB, da RGE e Trapalhões para a Bloch).
Voltando aos papos com o Ramone, um dos pontos que a gente tocou foi a "censura" nos tempos da Ditadura no Brasil.
http://www.universohq.com/quadrinhos/2009/trapalhoes.cfm
"O cartunista Bira, que trabalhou na revista entre 1980 e 1982 e no expediente assinava como Ubiratan Dantas, conta que fez o argumento e os desenhos de uma história - roteirizada por Orlando Costa - em que os super-heróis resolveram entrar em greve e exigiam, dentre outros benefícios, férias remuneradas e FGTS. À frente deles estava o Homem-Lula, referência nem um pouco sutil a Luís Inácio Lula da Silva, então líder sindical que provocava dores de cabeça nos militares.
A HQ foi alterada por ordem da editora."

EXPLICANDO
Em 1982 (quando comecei nas Charges), vivia-se em relativa democracia, com liberdade de imprensa, organização e eleições para governador e deputado estadual. Mas em 1979, não!
Segundo Frei Betto: "13 de março de 1979: 80 mil metalúrgicos em greve ocupavam o gramado e as arquibancadas do estádio da Vila Euclides, em São Bernardo do Campo. Sem microfone, Lula tinha o seu discurso repetido pelos que o ouviam, como ondas sucessivas de um lago atingido por uma pedra. Dois dias depois, quando 170 mil trabalhadores já estavam parados em todo o ABC, a greve foi considerada ilegal. Na madrugada de 22 de março para 23, enquanto os metalúrgicos permaneciam em vigília no sindicato, de Brasília o ministro do Trabalho, Murilo Macedo, falava com o governador paulista, Paulo Maluf. Pouco depois, tropas da Polícia Militar garantiam a intervenção no sindicato."

FAMILIA DE ESQUERDA
Eu nasci em 1963 (1 ano antes do famigerado golpe militar de 64), e fui criado numa familia "de esquerda". Nos tempos da ditadura, meu pai era MDB (Oposição), contra a ARENA (partido do golpe, que depois virou PDS, depois PFL, depois DEM e agora, dividido no PSD do kaxabi). Meus irmãos mais velhos aderiram a militancia politica mais aguerrida. O Libanio ajudou a AP (Ação Popular -movimento de Esquerda da Igreja Catolica- de Padre Alipio de Freitas, Betinho, Altino Dantas, Ricardo de Azevedo e Sergio Santos, deputado do MDB com quem trabalhou). O Clovis militava no Rio com a turma do Vladimir Palmeira (que veio da UNE e ajudou a fundar o PT). Em 1979, ao mesmo tempo em que eu copiava gibis de super-herois, Flash Gordon, Tarzan, Turma da Monica e Asterix, fazia charges para o Movimento contra a Carestia da Zona Leste de São Paulo, para o jornal trotskista Em Tempo (4 Internacional), e Luta Sindical (Oposição Metalurgica SP).
Leiam um pouco disso aqui:
http://www.bigorna.net/index.php?secao=birazine&id=1157317820

Voltando ao Frei Betto: "A 17 de abril, o ministro do Trabalho, Murilo Macedo, decretou a segunda intervenção no sindicato presidido por Lula, cassando seus diretores da vida sindical, mas sem conseguir que se afastassem do comando do movimento. No dia 19, às 6 da manhã, Lula foi preso em sua casa pelo DOPS, numa operação coordenada pelo governo Paulo Maluf, e que envolveu a prisão de inúmeros dirigentes sindicais em todo o ABC, inclusive sindicalistas e juristas de S. Paulo."

A CRIAÇÃO DO PT
Deu pra entender como funcionava a casa dos meus pais? Ouvia-se de Luiz Gonzaga a Led Zepellin (claro, quando seu Clovis não estivesse em casa, ele detestava musica americana), passando por Geraldo Vandre'. Meus irmãos discutiam politica na mesa do cafe' da manhã e um novo partido estava sendo formando. Artistas como Chico Buarque, Elis Regina, Gonzaguinha, Henfil, Lapi, Magnani, Nilson Aroeira, Lor, Berze' (Cadernos de Educação Popular do CET de BH) aderiam a este que seria o primeiro partido formado de baixo pra cima ... Criado por trabalhadores do campo e da cidade, intelectuais, artistas! Meus irmãos se engajaram na Campanha do Abaixo-assinado para criação do PT. Em 1979, eles fizeram campanha de filiação ao PT na familia. E eu, junto. Claro, eu não falava nada, apenas ouvia. Eu tinha 16 anos. Meu pai não entrou nessa. Com a liberação dos paritdos, ele resolveu ficar no PMDB de Ulisses Guimarães e Franco Montoro. Ele achou que o PT era um partido necessario, mas não gstou de se chamar "dos Trabalhadores". Ele achava que devia ser PTM (Trabalhadores Metalurgicos) e não teve quem o convencesse do contrario. Foi o unico dissidente na familia. Minha mãe tambem se filiou.
De novo, Frei Betto: "Lula descobrira que a questão sindical é também uma questão política. No cenário político nacional, todos os partidos pretendiam ser a voz do povo, enquanto o próprio povo não tinha como expressar sua voz. Em janeiro de 1980, mais de 80 deputados reuniram-se no Pampas Palace Hotel, em São Bernardo do Campo, para debater a proposta do PT. Nenhum deles suportou assumir por mais de uma eleição um partido classista, com grande disciplina e democracia internas, e com um programa nitidamente socialista."
Voltando a minha familia... Betania, minha irmã mais nova (arte-educadora, professoar de Cartum em Escola Municipal de São Paulo) não se filiou ao PT, mas tem uma visão esquerdista/operaria (participou da Escola Nova Cultura) e votou no Partido diversas vezes. Denis, o caçula, e' um dos maiores militantes do PT que conheço. Sempre disposto a uma boa campanha, discussão, troca de ideias ou se enfiar nas ruas mais distantes (e pobres) da esquecida Zona Leste. Isso sem falar nos primos Milton Praxedes, Paulo Dantas ou Nelson Guerra. Essa e' a cara desta familia do Tatuape'. Uma familia fundadora do PT, polo de discussão e luta por uma sociedade mais justa e solidaria.

Eu contei tudo isso, para que voces entendessem porque eu, um desenhista free-lancer do Estudio Ely Barbosa, resolvi fazer uma HQ com o Lula em plena intervenção do Sindicato dos Metalurgicos e prisão de Lula.
Eu ja' era um militante. E Quadrinhos podia ser diversão, mas tambem... denuncia!
O Orlando Costa era um amigo que desenhava divinamente inspirado nas loucuras da MAD. Otimo roteirista, seu "feeling" e "timing" eram perfeitos para colocar em sequencia, as ideias que eu vinha tendo.






A CENSURA
Criei o argumento, conversei com o Ely. Disse que era sobre uma greve da Legião dos Super-Heróis que reivindicavam Salário, Férias e FGTS, depois acabava todo mundo em cadeia, que nem o Lula e a diretoria do Sindicato. Ele gostou, mas queria ver no papel. Pedi pro Orlando fazer o roteiro, foi aprovada pelo Ely e voltou pra que eu desenhasse. O Ely ainda mudou algumas coisas (pediu pra colocar o pirulito na boca do Homem-Lula e trocou as palavras "exigir" por "pedir", achou que ia facilitar a aprovação pela Bloch) e aprovou.
Essa história foi para o Rio e voltou com um recado: NÃO DEVE SER PUBLICADA, A NÃO SER QUE TENHA MUDANÇAS! A história voltou do Rio, censurada. Onde tinha GREVE, deveriamos escrever Férias. Onde tinha DIREITOS TRABALHISTAS, deveriamos mudar pra descanso, folga, preguiça. O Ely ficou p(*) da vida. A gente não tinha roteiros censurados. E olha que nos Gibis tinha uma liberdade total (ah, se fosse agora...): tiração de sarro com mulher, gay, negro, padre, militar, presidente... mas era isso ou não ter a história publicada e ficar sem receber. O Ely disse que não pagaria roteiro, desenho, arte-final, revisão, letras e cores.
Eu ia ter que bancar do meu bolso. Conversei com o Orlando e ele preferiu mudar e publicar.

PEDIDO
Antes de devolver pro Ely, eu xeroquei as paginas como estavam, sem as alterações que seriam feitas. E consegui preservar os dialogos originais. Infelizmente, na doação que fiz de Quadrinhos para a Coleções Especiais da Unicamp, doei todos os gibis dos Trapalhões da Bloch. Se alguem tiver esse gibi e puder escanear as paginas censuradas, postarei aqui e serei eternamente agradecido. Pode enviar para:
biradantas@globo.com

Naquele tempo, cheguei a pensar em peitar a Bloch, não mudar nada e mandar eles praquele lugar. Mas achei que não valia a pena. Era 1979, a Imprensa estava acostumada a auto-censura (ou mesmo apoio enrustido ao Golpe, como os que hoje chamam a Ditadura de DITABRANDA)) e os militares estavam saindo do poder BEM DEVAGAR.
Hoje penso que, se não tivesse publicado, não teria essa historia pra contar.

QUEM FAZIA OS TRAPALHÕES



Portanto, eu fiz parte da equipe que desenvolveu a segunda fase do gibi dos Trapalhões no estúdio Ely Barbosa, de 1979 a 1988. A primeira fase, incluindo a animação de TV foi feita pelo pernambucano Sávio (que criou o model sheet) e o pessoal da Bloch do Rio, por volta de 1976. A terceira fase foi dirigida pelo Primaggio Mantovi na Abril (1988) com os personagens dos Trapalhões retratados como crianças. O Watson Portela estava desenhando lá e me indicou pro Primaggio. Cheguei a desenhar uma história de 10 páginas, mas não deu certo... meu estilo não se adequava muito ao esquema Abril (o traço que iria marcar minhas charges já estava se delineando) e eu estava de mudança pra Campinas.


A equipe básica era composta por:
Roteiristas: Sérgio, Orlando A. S. Costa, Genival Souza, Flávio da Costa Pinheiro, Ricardo Martins.
Desenhistas: Carlos Cárcamo, eu (meu nome entrava nos créditos como Ubiratan Dantas), Eduardo Vetillo, Sergio Lima, João Batista Queiroz, Carlos Alberto Migliorin, Watson Portela, Kymura, Aparecido (Mimoso), Domingos Souza (Mingo-capas), Ademir da Silva Pontes, Fernando Bonini, entre outros...
Arte-finalistas/Letristas: Waldemar Watanabe, Wanderley Feliciano, João Andrade (irmão do cartunista Floreal), Waldir Odorisso, Joel França.
Cores: Déborah Maluf (que não era parente do Paulo), Yara Raphael.
Coordenação: Theresa Rodrigues (mulher do Ely) e Eliete R. Barbosa (filha). Supervisão Ely Barbosa.
Leia aqui:
http://www.bigorna.net/index.php?secao=birazine&id=1173761595
http://chester.blog.br/archives/2007/05/bira_dantas_e_o.html

Eu cheguei a fazer roteiros em épocas de baixa produção (como Uma Aventura no Zoo e A Revolução dos Bichos), mas não era o meu forte. O Ely tinha um piadista inveterado e muito engraçado, Sérgio Valezin. Ele se tornou um dos grandes roteiristas do estúdio. Depois foi escrever roteiros para programas humorísticos do SBT, onde está até hoje. O humor dos Quadrinhos dos Trapalhões, analisando bem, tinha um teor pendendo para o adulto, com piadas que nem toda criança entendia. Por isso mesmo, também era lido por outras faixas de público, não só o infantil. Acho que seguia um pouco o padrão humorístico do programa, com piadas com tom levemente erótico. Não sei se era uma linha determinada. Isso só o Ely poderia responder. Não passavam nenhuma definição pra gente na época. Mas era claro que nosso público abrangia uma faixa etária do pré-adolescente à terceira idade.


Eu não sei ao certo o motivo da revista ser cancelada por volta de 1988. Na época, alegaram que as vendas tinham caído. Acho estranho porque além do gibi Os Trapalhões, publicavam o Almanaque, Aventuras do Didi, Bonga, o vagabundo e Almanaque Super-Trapalhões. As revistas eram muito bem recebidas nas bancas. Eduardo Vetillo acha que a Bloch se interessou mais por outras midias (Como a TV Manchete) e acabou deixando os Quadrinhos em segundo plano, o que teria sido seu fim.
O fato: meses depois da Bloch parar de editar o gibi, a Abril retomou o projeto, transformando-os em personagens infantis.

Eu parei com os Trapalhões para fazer charges na Imprensa Sindical (fui cartunista-militante da Oposição dos Quimicos), depois da vitoria fui contratado como chargista do Sindicato dos Químicos (Sindiluta) de 1982 a 1988. Depois de 2 meses de charge diaria, requeri minha matricula como jornalista (na função de ilustrador), com jornada de 5 horas, o dobro do salário que ganhava com Quadrinhos e carteira assinada.


ORLANDO ANTONIO, ROTEIRISTA
e-mail : orlandoantonio.sc@gmail.com
http://orlandocostailustrador.blogspot.com
Conheci o Orlando Antônio Salgado Costa em 1980, em Sampa.
Ele tinha muitas, ótimas e engraçadíssimas animações feitas em cadernos
brochura.
Trocentos cartuns e piadas com animais. O seu estilo no grafite era extremamente engraçado, criando figuras muito loucas. Tinha filmado uma animação em Super8, mas como ele gravou muito rápido cada frame, a velocidade ficou alta. O Orlando tinha uma grande influência do humor da MAD.
Eu o convidei a visitar o estúdio do Ely Barbosa, para oferecer trabalhos
como desenhista, mas ele foi aceito no ato como roteirista. Continuou
trabalhando lá, quando eu saí em 1982 (para me dedicar às charges sindicais) e, junto com o Sérgio Valezin e o Genival, ele era um dos roteiristas mais engraçados dos Trapalhões. Vi e comprei algumas revistas de Piadas que o Orlando ilustrou, aí já com bico de pena e canetas de nanquim. Foi ele quem roterizou o meu argumento da Greve dos Super-heróis, censurado pela Bloch em 1982.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

VIREI MESTRE DO QUADRINHO NACIONALI


Ha' um ano, no Instituto Cervantes eu colocava esta medalha Angelo Agostini no meu mestre Eduardo Vetillo. Não imaginava que este ano, seria um dos homenageados com a mesma medalha.
Quero agradecer a todos que votaram em mim como Mestre. Foi uma grande surpresa ver a votação que recebi e uma grande honra entrar para este Panteão de (como meu mestre Eduardo Vetillo falou no ano passado) desbravadores do Quadrinho brasileiro. E estar ao lado de amigos (com longa estrada nos Quadrinhos) como Fernando Gonsales, Lourenço Mutarelli e Moacir Torres e' uma honra tripla!
Fiquei mesmo muito contente em receber esta honraria. Eu não fiz campanha. Quem fez, fez sem eu saber de nada! E agradeço pela consideração.
Sei que trabalhar e viver de Quadrinhos, no Brasil, não e' facil.
Mas tambem sei que NUNCA vivemos tempos tão propicios a Nona Arte como agora.
Dedico este premio a minha mulher e minha filha: Claudia e Thais tem acompanhado, incentivado e ate' ajudado (apagaram boa parte do lapis das paginas de meu D.Quixote e Thais pintou minhas tiras do Tatu-man por alguns meses)
Dedico este premio tambem ao Vetillo, de quem fui assistente no fim dos anos 70. Um valente batalhador das HQs, que emprestou sua arte a estudios como Ely Barbosa e Abril (com o outro mestre Primaggio Mantovi na liderança), montou seu proprio estudio para produzir o gibi do Chaves. E, em epocas de vacas magras, dedicou-se as ilustrações de livros, sempre pensando em voltar ao mercado dos Quadrinhos. E, ao voltar, desenha incansavelmente as historias maravilhosas de Zumbi, Maria Quiteria, Tiradentes, A Ilha do Tesouro, O Guarani, A Iliada e muito mais que vem no futuro.
Valeu Claudia, Thais e Edu!

CRITICAS

Tem gente que critica a Premiação por causa das campanhas na internet. Dizem que isso pode causar distorções a ponto de um quadrinhista desconhecido (ou que publicou pouco) ganhar, apenas pelo fato de ter muitos amigos. E' um risco...
Tinha gente que criticava o AA porque varios ganhadores se repetiam (como o Baraldi e o Fanzine QI). Em reunião, a AQC mudou a regra e a partir do ano passado, temos o maximo de 3 premiações por pessoa (por categoria), lembrando que Mestre so' ganha uma vez (assim, não adianta votar de novo em Mauricio de Souza, Ziraldo, Vetillo, Emir Ribeiro, Shimamoto, pois eles ja' ganharam, ja' são Mestres).
Vejam, esta Votação e' a unica que aceita votos dos leitores de Quadrinhos. Isso e' um ponto BEM positivo, pois aceita o voto popular.
Pedir voto e’ um direito de quem quer. E’ chato, pois quem pede, espera que a outra pessoa deixe de votar em quem gostaria, para votar por amizade. Tem gente que manda ate’ cedula preenchida pra lista de amigos. Isso eu acho mau…
Tem a Campanha que avisa que tal revista (ou quadrinhista) esta’ no pareo. E que o leitor pode entrar no Blog da AQC, ver a lista e escolher em quem votar.
Isso eu acho bom. A AQC disponibiliza lista (indicativa) de lançamentos e mestres. Pedimos ajuda de todo mundo para enviar o titulo do gibi que fez, comprou ou leu. Isso eu acho legal porque a pessoa entra no Blog, olha a lista e tem de se interessar em votar.
Tem a campanha de quem foi no lançamento de um Zine ou revista, gostou e quer fazer propaganda. Foi o que aconteceu com o Lucas da Feira da Vila de Sant'ana (Bahia) ano passado. Todo o grupo que participou do projeto fez campanha. A revista era muito boa e popular, os alunos dos quadrinhistas votaram em peso. A revista ganhou. E muita gente veio a conhecer depois do premio…
Eu ja’ fiz Campanha no ano passado. Para o Edu Vetillo e pro Dag Lemos como Mestres.
http://www.fotolog.com.br/art3_xpresion/79124344
O Vetillo (classico quadrinhista dos Trapalhões, Hanna-Barbera, Chet, Colt 45, Spectreman, Chaves, Urtigão) tinha publicado varios livros em Quadrinhos no ano anterior. Ele e o irmão Walter estão na Web...
http://vetillobrothers.blogspot.com/
Fiz campanha tambem para o Dag Lemos (amigo de Jayme Cortez) que teve escola em Campinas e publicou varias revistas de HQ, ia mudar pros EUA.
http://www.fotolog.com.br/art3_xpresion/79044872
Eu não mandei cedula pra ninguem. So’ contei a historia de cada um e falei da importancia da gente premiar quem esta’ vivo e foi importante pra historia da HQ no Brasil.
Eu pedi para que votassem e coloquei o endereco do Blog da AQC.
http://aqcsp.blogspot.com

NUMERO DE VOTOS
Acha 480 votos pouco? Peça aos quadrinhistas que voce conhece (que não votaram no AA), que votem no ano que vem. Leia o que o Gabriel Ba’ falou sobre o assunto:

http://10paezinhos.blog.uol.com.br
"Se você tiver um trabalho bom e não fizer nada, as chances de você ganhar são bem pequenas. Se você fizer uma super campanha viral pra que as pessoas votem em você, você pode sair premiado.
Muitos profissionais perderam a fé no Angelo Agostini e, consequentemente, não fazem campanha e não são lembrados ou premiados. É uma premiação que repete quase sempre os mesmos nomes (de gente que ainda se importa com o prêmio) e que premia muitos iniciantes e desconhecidos que convenceram muitos amigos a enviar um email com seus votos. A culpa não é dos organizadores do prêmio, nem de quem vota ou faz campanha, mas de quem não vota.
A única maneira de renovar a credibilidade do Angelo Agostini é votando, pois temos um mercado muito heterogêneo e, com mais variedade de votos, talvez possamos ter um resultado um pouco mais justo e condizente com os lançamentos do ano (...)
Eu e o Fábio temos 3 prêmios Angelo Agostini e o que eu mais gosto é o primeiro, que ganhamos como melhores roteiristas de 2004, pelo CRÍTICA. Gosto mais deste prêmio porque nós não sabíamos da existência do Angelo Agostini até vencê-lo (...)
Este foi um ano maravilhoso pro Quadrinho Nacional. Se a gente não souber dar valor a isso, o Prêmio Angelo Agostini sozinho não o fará."

Eu acho que não da’ pra reclamar do resultado de uma votação se a gente não faz a nossa parte. E não e’ so’ votar. Ou criticar! E' participar do processo de indicações, corrigir erros, dar palpites e fazer propaganda da eleição. Mais ou menos o que o Ba' escreveu...

DECEPÇÃO
Tem gente que acha o resultado decepcionante! Claro, se as pessoas em quem a gente votou não ganham, ficamos frustrados. Mas isso não e' motivo para sair metendo o pau. Eu votei no Mercadante, o Alckmin ganhou. Fiquei p(*) da vida porque sei que ele desviou verba do Rodoanel, construiu dezenas de Pedagios caros, faz parte do esquema da Privataria Tucana. Mas fazer o que? Ele ganhou, o Mercadante perdeu. Ponto. O eleitorado quis o Alckmin, tenho que aguentar 4 anos...
Tem gente que diz que a Premiação despreza autores fora do eixo Rio-SP. Isso não e' verdade (como não e' verdade que a AQC faça campanha para este ou aquele). Não se despreza ninguem, seja sulista, centro-oestista, nortista ou nordestino. Todo ano pedimos ajuda nas listas de lançamentos e lançamentos independentes. Poucas pessoas ajudam. E' bom lembrar que lançamento e' numero 1 de uma serie. Numeros 2 ou 3 não concorrem.
Quem esta' descontente pode dizer que achou o resultado decepcionante, mas não o processo, a AQC ou o Angelo Agostini...
Esta foi a maior votação que o premio ja' teve. Isso se deve em grande parte, as campanhas de internet. Salvo problemas de adequação em categoria (tem gente que vota na mesma publicação em lançamento, revista independente e fanzine), e' um otimo sinal. Sinal de que o numero de votantes esta' aumentando. Isso quer dizer mais participação!

MUITO TRABALHO!
A melhor forma de se popularizar um nome e' publicar em papel (o AA so' premia publicações em papel, nada de virtual), mostrar trabalho na web e avisar seus leitores que PODE ser votado e' bom... As campanhas podem causar distorções, mas fazem um monte de gente que nem conhecia o Blog da AQC, nem o premio Angelo Agostini, passarem a conhece-lo.
Por fim, faço minhas as palavras do Baraldi:
http://www.bigorna.net/index.php?secao=artigos&id=1297088662
"Sabem o que é o Prêmio Agostini? Uma verdadeira INSTITUIÇÃO do Quadrinho nacional, e de longe, abominem alguns ou não, a mais DEMOCRÁTICA."

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

AMANHA, REUNIAO DA AQC, AS 14h00


Em função da quantidade de votos ter praticamente dobrado em relação ao ano passado, adiamos a apuração para amanhã. Foi uma surpresa a enxurrada de votos enviados nas ultimas horas da penultima sexta-feira.
Isso demonstra o apoio dos profissionais (alem da correria de ultima hora) e leitores ao premio e a este evento, que todo ano homenageia o Quadrinho brasileiro.
Agradecemos a participação de todos e reiteramos o convite para a NOVA reunião da AQC-ESP para ajudarem na apuração dos votos do 28° Angelo Agostini e preparação do evento.

A reunião será na Biblioteca Monteiro Lobato
Rua General Jardim, 485, próximo ao metrô República
Dia 14/01/2012, sábado, a partir das 14h.
Participe e ajude a produzir a grande festa do quadrinho nacional!



PARCERIA COM O CERVANTES

Festa de entrega do 28º Prêmio Angelo Agostini
Dia 4 de fevereiro de 2012
A partir das 13h00
Instituto Cervantes de São Paulo
Av. Paulista, 2439
(quase esquina com Consolação)
Metrô Consolaçao

Queremos agradecer mais uma vez a Laís Côrtes, da secretaria Cultural do Instituto Cervantes pelo apoio e por ceder o espaço do Instituto ao nosso evento. Quem esteve no ano passado na premiação, pode comprovar a otima recepção que tivemos, alem da facilidade de acesso e proximidade entre as pessoas (este foi o comentario que Paulo Ramos fez no ultimo sabado) o que propiciou muito mais integração e papo entre todo mundo.
Dentre as atividades do dia, a AQC fara' um Debate sobre a Lei dos 20% de Quadrinho Nacional, assunto que e' da mais alta importancia para os quadrinhistas e seus leitores, obviamente.
O debate sera' mediado pelo jornalista Jota Silvestre, que deu mais um passo no bate-papo em sua coluna "Papo de Quadrinho" no site da "Revista O Grito":
http://revistaogrito.com/papodequadrinho/2011/12/16/a-nova-lei-dos-quadrinhos-na-opiniao-dos-profissionais/
A coluna teve quase 260 comentarios pro' e contra e foi um marco no historico de discussões que o assunto ja' teve.
Paulo Ramos, editor do Blog dos Quadrinhos ja' havia produzido um artigo, a partir de alerta do desenhista Rafael Grampa', que rendeu perto de 100 comentarios.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

2009: EU E CRAIG THOMPSON NO FIQ, EM BH

Foi uma honra ser convidado a entrevistar Craig Thompson no Festival Internacional de Quadrinhos.
It was a honor being invited to interview Craig Thompson in International Comics Festival.


(Fotos de Nathalia Turcheti)
http://www.flickr.com/photos/fiq-bh/page3

FROM BIRA DANTAS TO CRAIG THOMPSON:
Hi, Craig, here’s Bira the brazilian cartoonist that interviewed you in 2009, at FIQ (Brazilian International Comics Festival, in Belo Horizonte)!
How are you?
Man, it was so nice to meet you. My wife and daughter were in Belo Horizonte before you arrive. My daughter (she was 9 years old then) have read Blankets before going to Belo Horizonte and she was very disappointed when I told her you would arrive after her trip back home, She cried. My heart was broken and I was impressed about how your Comics could be so special for a child, as for an adult (even from a so distant country as Brazil).
When we met in backstage, you asked me if I would be your interviewer and I said “no”. I intended to mean that I would not be the only one, your translator into portuguese would be the second, but he declined.
Well, interview you was a so great pleasure (but until today I am not able to remember the french cartoonists you told have influenced you.
I’ve written an article about FIQ and your presence. Sorry it´s in portuguese…
http://www.bigorna.net/index.php?secao=birazine&id=1259768876
I’d like to say that the people loved your talking and your art!
Best regards from Brazil
P.S. When I came back to Campinas city, I could see my daughter eyes shining when she saw your Blanket signing and drawing for her.
Thanks forever.

CRAIG, A COMICS MONSTER!
Entrevistei esse “monstro” dos Quadrinhos no FIQ em 2009. Afonso Andrade havia me convidado, mas o tempo passou e eu achei que tinham mudado de idéia. Quando faltava 15 minutos pro bate-papo, me pegaram no corredor. Eu seria um dos entrevistadores, o outro seria o tradutor de Retalhos, Érico Assis (do Omelete), mas ele declinou do convite. Assim, pego de surpresa, encarei o desafio. Realmente ele é um dos desenhistas de HQ que mais me chamaram a atenção nos últimos tempos. O seu blog não me deixa mentir.
http://www.blog.dootdootgarden.com/
Eu comecei falando que me espantava o fato dele ter fãs ardorosos como minha filha de 9 anos (que devorou Retalhos) e velhos leitores de HQ, que prezam pela qualidade dos textos e dos desenhos. Ele respondeu que não era de propósito... Perguntei sobre suas influências, além do óbvio Eisner, ele citou alguns cartunistas franceses e frisou a importância da linguagem do humor cartunesco em seu trabalho. Falou que usou um material extremamente vagabundo pra desenhar Retalhos e que foi extremamente rápido de fazer. E de como Habib, está demorado e como dá trabalho usar material bom (papel e pincéis). Ossos do ofício. Quando ele disse que sua mãe detestou o livro e chorou de desgosto, eu sugeri que ele lhe dissesse que o mesmo livro que ela achou “que afastaria alguém de Deus” poderia aproximar. Eu disse isso, porque percebi que ele estava muito tenso (a cada resposta ele me perguntava, em voz baixa, se tinha ido bem), e achei que isso poderia deixá-lo mais tranquilo. Eu não quis ser arrogante, nem dizer a ele o que ele deveria dizer pra sua mãe. Só queria deixá-lo mais calmo. E ele concordou comigo, dizendo que foi exatamente o que ele disse a ela.



MATHEUS MOURA:
Alguns participantes acharam positivas minhas perguntas e transcreveram o debate melhor do que eu poderia fazer, como Matheus Moura:
http://www.bigorna.net/index.php?secao=noticias&id=1255436157
“A mesa subseqüente foi a mais cheia do dia e teve como atração Craig Thompson, autor de Retalhos, recentemente lançado pelo selo Quadrinhos na Cia. Craig falou de sua carreira, processo criativo, forma de trabalho. Ao lado dele, havia Bira Dantas, que começou com uma pergunta referente ao alcance do trabalho de Craig, principalmente Retalhos, uma vez que a própria filha de Bira, de apenas 9 anos, 'se apaixonou' pelo livro. Craig respondeu que não pensou na abrangência do material e que apenas o fez com sinceridade pensando em não decepcionar o público. Por outro lado ele é triste com o público americano masculino adolescente, pois eles não dão atenção ao livro, sendo muito pouco lido por eles. De influências, Craig diz ter seguido bastante os passos de Will Eisner e das HQs francesas. Isso se reflete até mesmo na preferência de estilo, sendo por ele o preto e branco o método que lhe dá mais prazer. De acordo com o quadrinista, ele só fez, e faz, trabalhos coloridos para ganhar dinheiro. Craig comenta ainda sobre o novo trabalho em desenvolvimento, chamado Habibi e que se passa no Oriente Médio. Algo como as noites árabes, pelo que diz o tradutor. O livro, atualmente, já possui 500 páginas prontas e, pelo que diz Craig, deve ter em média umas 700 páginas. Para o autor, a idealização desse trabalho passa pelo pressuposto dele já ter se cansado de falar de si mesmo. Assim ele passa para uma HQ fictícia, mas calcada em pontos reais. O termino de Habibi está programado para daqui um ano. Para fechar o bate papo com Craig foi discutido se ele não se incomoda em se expor tanto como fez no livro. O autor disse então que, quando deu início ao projeto, não havia imaginado que alcançaria um público tão grande de leitores e tudo o que fez foi com a consciência limpa. O problema maior foi com os pais dele. A mãe ficou extremamente chateada, assim com o pai. Isso gerou discussões e mal estar entre eles, principalmente pela escolha religiosa de Craig e a exposição de sua infância, o que gerou a indagação do pai de Craig: 'Sua infância não foi tão ruim assim, a minha foi pior. O que te faz achar ser tão especial?'

BLOG DO ERIC RICARDO
http://blogdoericricardo.blogspot.com/2009/10/fiq-2009-quinto-dia.html
Ao ler a otima cobertura do super caricaturista Eric, em seu Blog, mandei um recado:
- Eric, a tua pergunta foi realmente muito boa. Que bom que pudemos curtir o Craig de perto (realmente fui sortudo), e ele tava nervoso pacas (como eu, que achava que ia ser 1 de 2 perguntadores e acabei sendo o único), mesmo assim, um cara super gentil e artista fantástico! Posso postar suas fotos no meu blog?
(postadas aqui junto com seu texto)
Abração

Ao que ele, logo respondeu:
"Ei, Bira!
Pode colocar a foto no seu blog, sortudo!
Você mandou super bem lá na mesa do Craig, durante o FIQ.
Fiquei super feliz de saber que você visitou o meu blog hoje! Nossa, admiro muito o seu trabalho! Parabéns pelo talento! Para mim, é uma honra ter você como seguidor do meu blog. Será que eu mereço tanto?
Volte mais vezes.
Um grande abraço!"




(Eric Ricardo):
"Desnecessário dizer que Craig Thompson foi a grande sensação desta edição do FIQ. Quem leu as postagens anteriores deste blog sabe que até eu fiz tietagem em cima do cara. Eu não fui o único!
Na mesa, estavam Craig Thompson (é lógico!), o intérprete (sorry, não sei seu nome) e Bira Dantas (ô cara sortudo!). Bira abriu o bate-papo, comentando que ficou muito impressionado com o fato de sua filha de 9 anos ter chorado por não poder estar presente. Eu aproveito para fazer uma observação: quando é que as escolas vão perder o preconceito por quadrinhos e adotar Retalhos como livro paradidático? Bira disse que o livro tocou profundamente sua filha e que ele ficou impressionado com a arte-final de Craig Thompson.
Depois que muitas pessoas fizeram perguntas para o autor, eu tive a oportunidade de perguntar sobre o que mais impressionou Bira: a arte-final. Transcrevo minha pergunta, exatamente como a fiz:
“Do mesmo jeito que o Bira, eu também fiquei impressionado com a arte final de Retalhos. Eu gostaria de saber qual é o material que você utiliza. Eu vi em seu site, e também no FIQ, que você utiliza uma espécie de caneta-pincel. Eu quero saber até qual é a marca da caneta (nesse momento, provoquei risos na galera e aplausos do Bira, pois todos gostaram da pergunta). Também gostaria de saber quando seu próximo livro – o Habibi – ficará pronto. Você já tinha uma previsão de conclusão quando começou a prepará-lo?”
Craig respondeu que seu próximo livro ficará pronto dentro de um ano, mas não me respondeu qual é a marca de sua caneta. Ele disse que desenhava, no início de sua carreira, com canetas baratas. Mas depois, pôde comprar canetas mais caras. Disse que a vantagem de se usar canetas mais baratas é a possibilidade de fazer extravagâncias, sem dó. Costuma produzir uma página por dia, começando às 9h00 e terminando Às 17h00, com um intervalo para o almoço. Disse que seu próximo livro terá umas 700 páginas e que 500 já estão prontas. É possível ver algumas páginas do seu próximo livro em seu site e também na exposição do FIQ.
Eu queria perguntar mais coisas, mas não podia, pois muitas pessoas ainda queriam saber outras coisas. Craig disse que sua intenção não era falar de religião em Retalhos e que também não queria extravasar nem se libertar de nada quando produziu o livro. Comentou também sobre a reação de seus pais, que não gostaram do livro e que só o leram depois de seis meses. Foram contra a exposição da família nas páginas do livro. Voltaram a conversar somente durante uma viagem para Chicago. Na conversa, a mãe dizia que ele iria para o inferno Craig disse não acreditar em inferno. A mãe indagou como ele poderia acreditar em paraíso, se não acreditava em inferno. Craig respondeu que também não acreditava em paraíso (risos da platéia). Disse que a mãe ficou triste, deixando-o assim também. Já o irmão gostou muito do livro.
Perguntaram se Caig acredita em Deus. O autor disse imaginar Deus como uma força parecida com a de Star Wars (mais risos da platéia). Eu queria perguntar se ele voltou a encontrar a garota da história depois da publicação do livro, mas não pude. O intermediador anunciou que Carig precisava viajar no outro dia e que a sessão de autógrafos seria realizada no estande da Companhia das Letras. Isso despertou uma corrida para o estande. Eu também estava com o livro e corri, garantindo um dos primeiros lugares da enorme fila que se formou na tenda principal. A fila foi tão grande, que Ivan Brandom e Gabriel Bá resolveram filmar.
Era possível sentar na mesa em que Craig autografava e esperar, enquanto ele fazia o desenho da Raina na primeira página do livro. Eu perguntei se ele se lembrava de mim, do outro dia em que ele desenhou o Batman. Ele se lembrou e disse que foi por causa da ocasião. Bom, pelas fotos, é possível perceber a minha cara de bobo, né? Ganhei o segundo autógrafo do Craig. Dessa vez, foi no livro. Depois disso, o FIQ, para mim, já estava ganho! Esta, sem dúvida, foi a melhor das edições do FIQ!"

OUTRA HONRA, MAIS RECENTE, NO BLOG DO ZE GRAUNA
Me surpreendi outro dia ao entrar no Blog deste grande e virtual amigo. Minha assinatura (ou chancela, como ele diz) foi escolhida para estar ao lado de GRANDES nomes do Quadrinho nacional. Alguns historicos Mestres como Cortez, Alvarus, Belmonte, Ayton Thomaz, Shima, Zira, Miecio, Mauricio, Lan, Henfil, JCarlos, Theo, Guida (e todos os outros da lista memoravel do Ze'). Outros, amigos contemporaneos como Spacca, Nei, Rose, Ota, Pry, meu xara' paraense Biratan...
Eu so' posso agradecer por estar neste Panteão exclusivissimo e dizer que vou me esmerar ainda mais para fazer juz a uma honraria dessas. Valeu, Ze'!


http://zerobertograuna.blogspot.com/2011/04/as-50-assinaturas.html
"Há tempos eu venho trabalhando no cabeçalho que enfeita a abertura deste blog. A idéia é mesmo homenagear os desenhistas brasileiros mostrando as assinaturas de alguns dos nossos cartunistas mais talentosos. Entre uma pequena mudança e outra, defini os nomes e encerrei as escolhas totalizando 50 chancelas de profissionais do traço de épocas e estilos diferentes. Obviamente que eu escolhi a dedo cada um desses nomes. A seleção seguiu três critérios: importância histórica, talento e, obviamente, preferência pessoal. Confesso que alguns dos nomes aqui dispostos foram acrescentados por terem uma significância muito especial na minha formação de consumidor e artista. Mas entendo que, de um modo geral, muitos dos nomes que entraram nessa lista definitiva fazem parte das preferências de muita gente que visita esta página. Se o amigo internauta quiser pode procurar e identificar as assinaturas dos 50 artistas que estão nessa pequena coleção de ótimos desenhistas.
Os nomes são os seguintes (em ordem alfabética):
Adail, Adilson, Alvarus, Amorim, Ângelo de Aquino, Aylton Thomaz, Belmonte, Bira Dantas, Biratan, Bruno Drummond, Chico Caruso, Crispim do Amaral, Erthal, Fortuna, Gilmar, Guidacci, Henfil, Hilde, Ique, J.Carlos, Jal, Jayme Cortez, Jorge de Salles, Juarez Machado, K.Lixto, Lan, Luiz Sá, Márcia Braga “Z”, Marguerita, Mariano, Mariza, Mauricio de Sousa, Mayrink, Mendez, Miécio Caffé, Mila F., Millôr, Miriam, Nássara, Nei Lima, Ota, Paulo Caruso, Pryscila, Raul, Roberto Rodrigues, Rose Araújo, Shimamoto, Spacca, Théo e Ziraldo."