É graduado em Comunicação Social - Jornalismo (Universidade Mogi das Cruzes), História (USP), mestre em Ciências da Comunicação (USP), doutor em História (UNESP) tem pós-doutorado pela ECA (USP). Atualmente é professor associado da Universidade Estadual de Londrina. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Comunicação Popular e Comunitária e Humor Gráfico
Em tese de doutorado de 2005 disse...
"... a charge se coloca como um importante instrumento de comunicação para o trabalhador. Pela sua natureza lúdica, pela sua natureza de humor ela consegue ser um transmissor bastante efetivo de idéias e valores e até mesmo de contradições desenvolvidas pela imprensa sindical. O texto, normalmente tem um controle um pouco maior na sua elaboração e a charge acaba tendo um espaço um pouco mais amplo de revelação, de antagonismo. E era essa a nossa preocupação de pensar tudo aquilo que faz parte de uma cultura sindical. Uma cultura sindical permeada por conflitos, por antagonismos, por uma mudança de postura política das direções sindicais. Todos esses aspectos poderiam ser apresentados pela charge de uma maneira mais livre, mais lúdica, com mais humor."
Segue entrevista ao Núcleo Piratininga de Comunicação...
http://piratininga.org.br/artigos/2005/68/charge-miani.html
"Então tem charge que revela uma situação de luta anticapitalista que o próprio discurso do movimento não revela. Esse potencial da charge se fez bastante significativo para o nosso estudo. Para mostrar que na cultura política sindical desse período da década de 90, mesmo considerando o movimento sindical de natureza essencialmente propositiva e longe de uma perspectiva anticapitalista, ainda existe na constituição dessa frente de luta chamada Movimento Sindical. Existem valores que clamam, que gritam por seu espaço de denúncia e também de valores anticapitalistas. A charge se mostra ambivalente. Ela não está presa a um discurso único e unilateral de uma direção sindical."
No INTERCOM (XXVI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação) em BH-2003, em sua tese intitulada "O impacto da globalização no setor industrial visto através da Charge", citou o escritor e cartunista Luiz Fernando Veríssimo...
http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2003/www/pdf/2003_NP16_miani.pdf
“Os arqueólogos desvendam o passado remoto a partir de coisas como moringas e fezes cristalizadas (...) Desconfio que quando esta fase da vida brasileira que atravessamos com lama pelas canelas também for história remota, os pesquisadores a reconstituirão a partir do trabalho dos seus chargistas, os únicos que chegaram perto do absurdo reinante com o instrumental apropriado: um olho cético, uma mão ligeira e o gosto pelo exagero revelador. Esqueça os relatórios e os editoriais. A verdade está no detalhe, nos desenhos na margem, e no absurdo”
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